Que nível de eficiência a TMSA garante em sistemas de aspiração?
A eficiência de um sistema de aspiração é avaliada por dois aspectos distintos.
O primeiro aspecto é a vazão de ar correta no processo de captação de pó, desde o ponto da emissão do particulado até o separador. Esse cálculo precisa ser exato, permitindo que o processo seja o mais eficiente possível.
O segundo fator a ser analisado é a eficiência da coleta do separador. Ou seja, a quantidade de pó residual que o coletor não consegue separar e que acaba sendo lançado para o ambiente.
Logo, existe uma grande diferença entre eficiência de aspiração e eficiência de separação do poluente.
Em se tratando de eficiência de aspiração, muitas vezes um fluxo maior de aspiração no ponto de emissão de particulado é visto pelos usuários como sendo o ideal. Porém, não é isso que ocorre. O superdimensionamento de componentes resulta em desperdício de energia, aumento no custo dos equipamentos, tamanho dos filtros, motores, tubulações e demais acessórios.
Por outro lado, se a vazão de aspiração for menor que a necessária, o pó fugitivo não será totalmente aspirado na fonte emissora, dispersando-se no ambiente, o que não satisfaz os parâmetros estabelecidos pelos órgãos reguladores.
Assim, tanto o excesso quanto a falta de aspiração, representam prejuízos ao processo, seja do ponto de vista do investimento ou da eficiência do sistema.
Na etapa da separação do pó, existem vários tipos de separadores: úmidos, a seco ou eletrostáticos.
Os mais usados são do tipo a seco, como os coletores centrífugos ciclônicos, os filtros de mangas ou os de cartuchos plissados. Os separadores ciclônicos, por possuírem baixa eficiência de separação - em torno de 85% - são geralmente usados como pré-separadores. Já os filtros de manga ou de cartuchos plissados possuem eficiência de separação de até 99,5%, sendo os mais usados nas instalações de separação de pó.
Um filtro de manga é composto por diversos componentes. Entretanto, a eficiência de coleta dos poluentes está diretamente relacionada à qualidade das mangas ou dos cartuchos e seu sistema de limpeza.
Sendo assim, é fundamental que esses equipamentos sejam bem selecionados, garantindo-se que não haja falhas em especificações como gramatura, permeabilidade do tecido ou mesmo fatores como a velocidade de passagem do ar pelo elemento filtrante. Nesse particular, o sistema deverá entregar uma boa relação ar-pano, otimizar a distribuição do particulado entre as mangas, câmaras do filtro e pré capa. Outras qualidades importantes dizem respeito a características como qualidade do tecido e acabamento superficial, fatores que evitem o entupimento prematuro das mangas, promovam o controle da perda de carga, garantam a eficiência do sistema de limpeza, ofereçam estabilidade da densidade e regulagem do sistema de limpeza, dentre outras. Sem esquecer é claro, dos cuidados com a manutenção de todo o sistema.
Portanto, se todos esses fatores forem satisfeitos, a eficiência de um sistema de aspiração pode ser avaliada.
A medição mais comum é realizada na chaminé de descarga do sistema. Os valores são expressos em miligramas/m3 (mg/m3), levantados a partir da divisão da massa pelo volume de ar de passagem.
No Brasil, a norma adota os padrões primários estabelecidos na resolução CONAMA número 3 de 28\06\1990, que estipula que nenhum processo poluente poderá emitir para a atmosfera, uma quantidade superior a 70 mg/Nm3.
Cada região pode estabelecer o seu próprio padrão de qualidade do ar, mas quando o Estado não o define é adotado o valor máximo nacional. Entretanto, existem dois valores diferentes para medição da emissão de particulados. Um é a medição executada logo na saída do equipamento de aspiração que é expressa em mg (miligramas) sendo representada pela razão de 1/1000 da grama. A outra é medida em μg (microgramas) representando a razão de 1/10000 da grama. Nesse particular, se considerarmos as partículas em suspensão no ar, os valores se diferenciam muito em números absolutos.
A medição de emissão garantida pela TMSA é aquela executada diretamente na saída dos sistemas de aspiração. Ela é medida comumente na chaminé, logo após os filtros de mangas, onde os valores são expressos em miligramas por metro cúbico (mg/Nm3). Isso corresponde à milésima parte do grama. Para este caso, a legislação da qualidade do ar regida pela CONAMA estabelece o valor informado anteriormente que é de 70 mg/Nm3. A eficiência da separação pode ser medida por uma serie de instrumentos. Porém, o mais usado e confiável são as bombinhas absolutas.
A medição é executada na saída do filtro onde é colocada a bombinha contendo um papel especial totalmente seco. Após o tempo necessário para a execução da amostragem, o substrato é enviado ao laboratório onde é secado e pesado. A diferença entre o peso inicial e o final, vai indicar quantas miligramas de poluente ficou retida no papel em um certo intervalo de tempo/volume de gases. O valor será fornecido sempre em mg/m3.
A partir dessa medição, podemos saber qual é a eficiência do sistema. Por exemplo, se um filtro possui na entrada uma carga de pó de 20 g/m3 e na saída de 50 mg/m3, podemos por meio da fórmula abaixo, determinar a eficiência do filtro.
Portanto, a TMSA garante na saída dos sistemas de aspiração uma emissão máxima de 70 mg/Nm3, conforme padrão de qualidade do ar estabelecido pela autoridade regulatória nacional, desde que seja informada e conhecida a concentração de poluentes existentes antes da instalação do sistema nos locais a serem tratados.
O padrão informado acima poderá ser reduzido a depender do que exige o órgão fiscalizador local. Nesse caso, o projeto deverá ser revisado, sendo que os equipamentos poderão sofrer alterações tanto em porte, quanto em valores.
A TMSA garante o valor de emissão máximo informado acima, desde que, os números obtidos em todos os momentos do monitoramento, antes e depois da montagem dos equipamentos de controle e abate de particulados, sejam auferidos nas mesmas condições, tanto climáticas, quanto operacionais. Ou seja, nos mesmos níveis de produção e com o pátio molhado para que não haja desprendimento de outros particulados. Também são considerados fatores críticos, ventos acima do limite que ocasionem o desprendimento de pós acomodados no solo, galerias ou outros.
A TMSA não garante a qualidade do ar do ambiente externo em pátios, galerias, tuneis, áreas confinadas e áreas externas nas quais a poluição seja expressa em μg (microgramas). Nessas áreas a qualidade do ar depende de fatores externos representados pela soma de todas as fontes emissoras de pó. Como exemplos, podemos citar os ventos que arrastam o pó de outros locais, outras indústrias, caminhões circulando no pátio e demais fatores fora do controle do sistema de aspiração em questão.
A TMSA não executa a análise de eficiência de emissão de particulados. Este deverá ser executado por empresas certificadas pelos órgãos do meio ambiente. Tais organizações deverão satisfazer as normas vigentes, empregando metodologias atualizadas e instrumentos aferidos, além de oferecer relatórios de medição.