Em instalações preparadas para o recebimento rodoviário ou ferroviário de granéis sólidos, o processo de geração de pó tem início logo na chegada dos caminhões ou vagões que, ao descarregarem os produtos nas moegas, produzem uma enorme nuvem de poeira que causa um danoso impacto ambiental, criando condições insalubres e provocando sérios danos à saúde, danificando maquinários e potencializando a possibilidade de deflagração de explosões.

A operação de descarregamento dos produtos nas moegas rodoviárias ou ferroviárias pode ser executada por meio de processos manuais ou mecanizados. No processo de descarga manual, os operadores ficam diretamente expostos ao ambiente tomado pelo pó em suspensão, no entanto, nos processos de descarregamentos mecanizados, pela sua facilidade de operação, estes ficam fora do alcance do pó, já que o mesmo é contido e confinado na área de descarregamento.

Em uma moega há duas fases de geração de pó em qualquer tipo de descarregamento de produto sólido a granel. A primeira é no início da descarga, quando a moega está vazia e o caminhão ou o vagão está cheio. O produto escoa em grande quantidade e alta velocidade, chocando-se com o fundo da moega e soltando, assim, uma imensa quantidade de pó que, ao se desprender da massa do produto, é arrastada verticalmente pelo volume de ar que ora ocupava o espaço, em direção à grade inferior da moega.

É nesta fase que as lamelas colocadas na parte inferior da moega entram em ação, funcionando como uma barreira mecânica de contenção de pó, pois elas se abrem e se fecham automaticamente por gravidade, com a passagem e com o peso do produto. Nesta fase, o sistema de aspiração deve ser mais intenso dentro da moega, cujo espaço agora foi ocupado pelo produto, de forma a aspirar todo o volume de ar e pó gerado pela movimentação.

À medida em que o produto é descarregado, a moega vai se enchendo e a geração de pó se torna menor até chegar ao momento da segunda fase, quando o pó é gerado pelo choque de produto sobre produto, fora da moega, mas principalmente sobre a grade da mesma. Nesta fase, o sistema de aspiração é mais intenso na parte superior da moega e é executado automaticamente pelo próprio sistema de aspiração através de seus captores estrategicamente posicionados, pois as perdas estáticas na aspiração são muito elevadas, fazendo com que o sistema aspire mais intensamente pelos captores superiores.

Já fora da cabine, um sistema composto de ventilador centrífugo, tubulações de transporte do fluxo de ar e pó, acrescido de um filtro de mangas aspira o ar e o pó, filtrando o ar. Quando o ar estiver limpo e isento de pó, é lançando novamente para o ambiente. Logo, o sistema completo consiste na aspiração do pó, abaixo e acima das grades das moegas, por meio de um potente sistema externo que aspira, filtra e lança o ar filtrado e limpo novamente para o ambiente.

Para quaisquer destes processos, a TMSA se especializou ao longo dos anos e hoje dispõe de soluções completas de Sistemas de Aspiração para Moegas, que se adaptam tanto para a descarga manual como a mecânica, proporcionando um ambiente mais limpo, preservando o bem-estar e a saúde dos operadores.

A operação de descarregamento de produtos sólidos a granel de forma manual, em moegas rodoviárias ou ferroviárias, consiste no enclausuramento de toda a área de descarga por meio de cabine dotada de cortinas de fechamento, tanto na entrada como na saída, com a função de evitar que correntes de ar externas interfiram na aspiração. O produto é descarregado dos vagões ou caminhões pelas saídas existentes e cai, por gravidade, na moega onde um potente sistema de aspiração composto de captores laterais aspira o ar e o pó, conduzindo-os até os filtros de mangas onde o ar é filtrado.

Para evitar o acúmulo do pó gerado na queda ou proveniente do atrito de produto com produto, as grades são fechadas com lamelas que se abrem e se fecham automaticamente por gravidade, com a passagem e com o peso do material. Logo, o sistema completo consiste na aspiração do pó abaixo e acima da grade da moega, auxiliado em grande parte pelas lamelas e pela aspiração dos captores laterais sobre a moega, que possuem a função de aspirar o pó em suspensão que está sendo gerado no choque com a grade da moega. A eficiência de aspiração é aumentada de maneira significativa pelas lamelas, pois o pó fica confinado na moega, garantindo que o mesmo não se espalhe novamente no ambiente.

O descarregamento também pode ser através da caçamba basculante do próprio caminhão, sendo o sistema de aspiração idêntico ao manual, porém, com uma grande vantagem, já que a traseira do caminhão fica dentro da cabine, evitando que o pó se espalhe no ambiente externo.

Dentre todos os tipos e sistemas de descarregamento disponíveis, o melhor conjunto de solução para o problema é aquele equipado com tombadores mecânicos. O caminhão estaciona sobre uma plataforma longitudinal que bascula até um ângulo de 45 graus, fazendo com que o material flua por gravidade até a moega. No que se refere à facilidade de operação e a proteção da saúde dos operadores, este é o processo com o conjunto mais eficiente, pois o sistema de aspiração é executado somente na área de descarregamento, o que disponibiliza aos operadores vários recursos, e ainda possibilita aos mesmos ficarem a uma distância segura e fora do fluxo do pó em suspensão.

Dependendo do projeto da moega, há um layout bastante usual onde os filtros podem ser incorporados nas laterais da própria cabine/área de descarregamento, funcionando da mesma maneira como descrito nos sistemas anteriores, porém, aspirando e descarregando o pó diretamente na moega, não sendo necessária a instalação de tubulações de transporte de ar e pó, bem como dutos para o retorno do pó, conforme mostra a foto abaixo. Neste caso, os ventiladores podem ser instalados dentro ou fora do prédio, conforme layout ou opção.

Todos os sistemas de aspiração são compostos de captores laterais, que aspiram tanto na parte superior como dentro da moega, e são dotados de frestas com regulagens individuais. Uma rede de tubulação liga os captores ao filtro de mangas, que por sua vez se conecta ao ventilador centrífugo que lança para a atmosfera o ar filtrado e isento de pó.

É importante salientar que o emprego de sistemas de controle ambiental em processos é imprescindível para o sucesso da operação de qualquer indústria, pois garante as medidas de segurança contra incêndios e explosões, incluindo a conservação da planta fabril e do maquinário, a preservação da saúde de operadores e a conservação do meio ambiente no qual está inserida.